domingo, 28 de outubro de 2012

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Resenha: Charlotte Street

Livro: Charlotte Street

Autor: Danny Wallace

Editora: Novo Conceito

Nota: 2,5 estrelas

Tudo começa com uma garota... (porque sim, sempre há uma garota...) Jason Priestley acabou de vê-la. Eles partilharam de um momento incrível e rápido de profunda possibilidade, em algum lugar da Charlotte Street.

E então, em um piscar de olhos, ela partiu deixando-o, acidentalmente, segurando sua câmera descartável, com o filme de fotos completo... E agora Jason — ex-prodessor, ex-namorado, escritor e herói relutante — se depara com um dilema.

Deveria tentar seguir A Garota? E se ela for A garota? Mas aquilo significaria utilizar suas únicas pistas, que estão ainda intocáveis em seu poder...

É engraçado como as coisas algumas situações se desenrolam...

“__ Você tem doze fotos – ele disse. – Doze momentos para capturar. É limitado. Então, toda vez que você captura um naquela caixinha, você tem um a menos. Mas, na hora que você tira a última foto, é melhor ter certeza de que aquele momento é especial, pois e se o próximo vier e você tiver que deixá-lo ir?”

Eu não tinha olhado duas vezes para Charlotte Street, mas após a minha companheira de leitura e quase economista Thais da Mata do Insane Little Things, ter me mostrado o quanto a sinopse desse livro era promissora, pus na lista do To Read (que está incrivelmente enormeee!)

Na semana seguinte, comprei e já começei a ler de cara. 

Danny Wallace me surpreendeu com o seu estilo de escrita, que tem um toque de David Nicholls, mas que ao mesmo tempo coloca muita coisa diferente dentro da estória, lhe dando um toque bem pessoal. Eu dei muita risada, principalmente com o amigo Jason, Dev, e soltei uma risadona quando ele fala:

“__ Meu irmão, as pessoas têm filhos por muito menos.”

Jason é tipo de protagonista com quem você simpatiza de cara, principalmente pelo fato da vida dele, estar muito longe do que seria o esperado, e ele não tem nenhuma perspectiva de mudança.

Ao longo do livro, você vai descobrindo mais coisas sobre ele, e por isso vai amando ainda mais ( e o odiando um pouco), mas nunca perdendo a simpátia pelo personagem. Ele é uma pessoa boa, que fez algumas escolhas ruins.

A estória se passa em Londres, e a maior parte da ação do livro se passa em Charlotte Street , mas aí entra uma questão que gostaria de ressaltar.

http://www.adliterate.com/archives/2305949088_57b218c73c.jpg

Charlotte Street em Londres. (Sempre bom ter uma visão do que é realmente o lugar, não?) – Fonte: Adliterature

O livro, apesar de estar expressamente escrito na capa que é ‘uma história de amor’, passa um pouquinho longe disso.

Claro, que ao encontrar a camera, a jornada de Jason para secobrir a sua dona é romantica, mas o livro foca no caminho e no que Jason tem que mudar, aprender e deixar para trás, para poder encontrar ela.

É um livro muito bom, bem escrito, e com uma estória envolvente e interessante, mas eu particularmente não classificaria como uma estória de amor, e isso refletiu na minha expectativa final.

Eu esperava um coisa e veio outra, e isso querendo ou não foi um pouco decepcionante. Talvez se não estivesse esperando que acontecesse X, eu curtiria muito mais esse livro.

Outro ponto, e eu não quero soar chata, mas em vários momentos as pessoas ao se referirem a moeda, falavam “4 Reais; 18 Reais”.

A estória se passa em Londres, e nós vivemos em um mundo muito globalizado e todo sabemos que na Inglaterra é libra, pode colocar a moeda do país que a gente entende normalmente. Eu queria dizer que isso não em incomodou, mas estaria mentido.

Como disse anteriormente, o livro merece ser lido sim. Só não espere um romance propriamente dito ( e como estamos acostumados com dos livros da Novo Conceito) dele.

Fanny Ladeira

Daniel Frederick Wallace é produtor de filme escocês, comediante, escritor, ator e apresentador de rádio e televisão. Seus livros incluem Join Me e Sim Senhor. Ele mora em Londres, com sua esposa, uma publicitária australiana.

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Fanny Ladeira!